Na
estrada
Sigo
a estrada depois da curva da despedida levando minha bagagem de pensamentos e
ideais, vontades e desejos, tudo que enxergo na luz não muito distante no fim
deste túnel; poeira que cobre os meus rastos de tudo que deixo para trás, páginas
viradas e linhas escritas; tudo que pesou e caiu na estrada, não disse adeus,
nem que era tarde de mais, apenas ficou e seguiu outro caminho.
Sigo
o fluxo constante de cada sonho, que noite após noite se constrói, junta
pedaços do que pode ser real, molda esculturas do que germinou em muitas
estações, solidifica cenários por onde eu passo, cria vida, modifica-se;
acelerando os motores, rompendo para o outro lado, engrenagens pulsam, visões
começam a mostrar o caminho; ruas que esperam minha passagem, sangue que ferve por
veias agitadas, é o inicio, tudo irá fluir novamente com o sopro do vento de
cada manhã.
Sigo
sem medo, nem sempre sozinho, seres diversos também seguem suas estradas, muitas
vezes dividimos corredores estreitos e avenidas luminosas, deixando lembranças,
levando pedaços, desenhando seus rastros, para que logo em seguida ocultem seus
rostos, faz parte do percurso; acelero, faço outra curva, já vejo os raios
solares, a luz, a estrada...
Sigo
a caminho; a música, o vento, o sol, recordações, novidades e pensamentos;
sempre terão aqueles que ainda me esperam chegar, são companheiros fiéis,
aliados verdadeiros que sempre estarão ao meu lado; muitas linhas ainda irão se
escrever, muito chão para percorrer e novidades em cada estadia, construção de
dias promissores, muito do tempo a se aprender na estrada da vida, vivendo cada
uma de suas preciosas escrituras, vida verbalizada em prosa e poesia, percorrendo
cada uma de suas infinitas e sólidas linhas...
W.
R. C.
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