domingo, 22 de julho de 2012

Na estrada

Sigo a estrada depois da curva da despedida levando minha bagagem de pensamentos e ideais, vontades e desejos, tudo que enxergo na luz não muito distante no fim deste túnel; poeira que cobre os meus rastos de tudo que deixo para trás, páginas viradas e linhas escritas; tudo que pesou e caiu na estrada, não disse adeus, nem que era tarde de mais, apenas ficou e seguiu outro caminho.
Sigo o fluxo constante de cada sonho, que noite após noite se constrói, junta pedaços do que pode ser real, molda esculturas do que germinou em muitas estações, solidifica cenários por onde eu passo, cria vida, modifica-se; acelerando os motores, rompendo para o outro lado, engrenagens pulsam, visões começam a mostrar o caminho; ruas que esperam minha passagem, sangue que ferve por veias agitadas, é o inicio, tudo irá fluir novamente com o sopro do vento de cada manhã.
Sigo sem medo, nem sempre sozinho, seres diversos também seguem suas estradas, muitas vezes dividimos corredores estreitos e avenidas luminosas, deixando lembranças, levando pedaços, desenhando seus rastros, para que logo em seguida ocultem seus rostos, faz parte do percurso; acelero, faço outra curva, já vejo os raios solares, a luz, a estrada...
Sigo a caminho; a música, o vento, o sol, recordações, novidades e pensamentos; sempre terão aqueles que ainda me esperam chegar, são companheiros fiéis, aliados verdadeiros que sempre estarão ao meu lado; muitas linhas ainda irão se escrever, muito chão para percorrer e novidades em cada estadia, construção de dias promissores, muito do tempo a se aprender na estrada da vida, vivendo cada uma de suas preciosas escrituras, vida verbalizada em prosa e poesia, percorrendo cada uma de suas infinitas e sólidas linhas...

W. R. C.

Nenhum comentário:

Postar um comentário